28 maio 2010

A Costura do Invisível











O evento de moda A Costura do Invisível criado pelo estilista Jum Nakao foi um trabalho que propôs uma jornada rumo ao processo criativo da coleção. Através de sons e imagens os criadores traziam à tona uma inquietação que levava os espectadores ao profundo interesse de desvendar aquilo que não se era só visto, mas também sentido.
No ano de 2004, na presença de cerca de 1200 pessoas, o estilista de forma impactante chocou o público ao realizar uma performance ousada. Isso porque no fim do desfile as modelos rasgavam as elaboradas roupas confeccionadas em papel vegetal, fazendo com que aqueles que o acompanhavam tivessem um sentimento de perda e melancolia.
Com imagens associadas a fadas Playmobil e a transparência dos papeis rendados, o aspecto artesanal deu as peças fragilidade em suas formas, gerando um equilíbrio entre o sonho e a realidade e entre o conceitual e comercial. Mas afinal como o criativo sobrevive em um mercado capitalista? Capitalismo X Criatividade o que deve prevalecer?
Para Jum, segundo o mostrado no making off do desfile não se deve ordenar o "caos", mas deve-se entrar dentro dele e de forma original e diferenciada, transformando o simples em algo inovador. Uma vez que o produto, conceito, a forma e o mercado determinam o poder da peça.
Desde a pesquisa até o acabamento das peças, o projeto e sua confecção durou cerca de 700 horas, e teve seu fim com a ação impactante das modelos rasgando as roupas. Durante o estudo do material que seria utilizado como matéria prima, Jum através do detalhamento, da cor, volume e forma criou importantes diferenciadores em sua coleção seguindo referências estéticas do final do século XIX.
Esse evento, muito comentado no ano, tinha como proposta apresentar roupas que fossem desejadas para que ao final, quando estas eram desfeitas houvesse uma representação do caos, gerando uma série de dúvidas e perguntas sem respostas.
A maquiagem das modelos tinha um único destaque para a boca e sobrancelhas que, pintadas de preto passavam um olhar de conto de fadas, distante o que deixava a identidade delas esquecidas. Isso tornava claro que o importante no meio de tudo aquilo era o conceito.
O cenário imaginado por Nakao tinha como idéia colocar anêmonas de papel que reagiam com a luz negra e outras luzes. Já a trilha sonora conduzia os olhares, fornecendo diferentes dignificados e sentimentos do momento, tornando através de um rock karaokê, colocado ao final, uma idéia de manipulação da realidade.
Com isso, pode-se concluir que a produção de moda pensada e organizada por Jum foi original e impactante, fazendo um paralelo entre o real e o sonho. Isso aflorou diversos sentimentos naqueles que assistiam ao evento, desde melancolia até exaltação.

25 maio 2010

A influência da mídia na construção da linguagem de moda.





A mídia, usada para designar os principais veículos de um determinado sistema de comunicação social é geralmente conotada como pejorativa, isso porque, alega-se que esta é geralmente uma má influência exercida por empresas de comunicação.
Constantemente em crescimento, a importância da mídia influencia a vida de todos, mas principalmente dos jovens, que querem estar sempre na moda e sempre em forma para agradar uma maioria e consequentemente ser aceito em um grupo. Parece que, para ele se sentir incluído, precisa ter certo poder aquisitivo para consumir, para que percebam sua existência e para que te dêem algum valor.
Por ter um grande poder de influência, esse meio de comunicação social não impulsiona os jovens para os valores dignos, pois se estes tomassem consciência do quanto são manipulados não teriam, para o mercado, consumidores de seus produtos anunciados de diversas formas nestes meios de comunicação.
Em um momento que a sociedade diz existir a liberdade de escolha, a mídia manipula e influência a mente dos jovens para que usem e comprem determinados produtos, denso eles muito mais caros e totalmente desnecessários.
No filme Funny Face podemos perceber a influência que a mídia exerce na construção da linguagem de moda, através de uma das publicações da revista de moda em que a importante editora representada pela atriz Kay Thompson resolve fazer uma publicação exclusiva para o uso de rosa de todas as formas e em todas as peças e acessórios. Essa edição influência a sociedade e dias depois todos estão usando a cor proposta pela revista.
Isso ocorre até o próximo mês, uma vez que novas tendências e estilos sairão na mesma revista e os que anteriormente usaram rosa agora usarão o que na revista estiver como tendência atual a ser seguida.
Com o passar do tempo a mídia influência mais a forma de se comportar e de se vestir das pessoas. Para que se sintam bem e dentro dos padrões impostos pela sociedade os indivíduos tendem a cada dia usar e seguir mais a moda de acordo com o divulgado na mídia, muitas vezes não levando em consideração o que lhe agrada mais e o que lhe cai melhor no corpo.

21 maio 2010

Hippie/Boho Chic








Para dar um ar "sou chique, mas desencanada" o rústico ganha sofisticação e brilho com bordados em acessórios, sais longas,vestidões confortáveis e lenços. A tendência Hippie voltou à moda para o Verão 2009 com força e reconhecimento de um estilo considerado e nomeado como Hippie Chic.

Hoje uma versão conhecido como mais atual desse estilo é o Boho, mistura de características hippies, grunges, folks, étnicas e vintages. Sobreposições, conforto e custumização são fatores que devem ser levados em consideração ao produzir um modelo baseado nessa tendência, que garante originalidade em visuais únicos.

Para compor uma produção Boho são necessárias peças como batas, estampas florais, saias longas, vestidos longos, franjas, coletes jeans, bota cowboy, maxi bolsas, camurça, babados, estampas tie-dye, manga morcego, túnicas e as camisetas longas conhecidas como log tees. Mas para realçar ainda mais estes itens, colares, chapéus, lenços, óculos, pulseiras e cintos aumentam ainda mais o clima boêmio importante na produção.
Segundo o lema das Bohemians originais, se vista de acordo com o seu estilo sem se preocupar em agradar alguém. Seja ousado e busque peças antigas que possam valorizar roupas básicas, para compor uma releitura da influente liberdade do estilo hippie, agora conhecido como Boho Chic que ganha espaço na moda das passarelas e ruas.

18 maio 2010

I.Tribos Urbanas: Hippies








Há uns dois meses estamos fazendo um trabalho para a aula de sociologia sobre a tribo dos Hippies e como esta está presente na cidade de São Paulo. Para começarmos a pesquisa e descobrirmos um pouco sobre a ideologia e as crenças existentes em volta desta tribo, resolvemos fazer uma pesquisa de campo em lugar frequentado por parte deles, a praça Benedito Calixto.

Na praça conhecemos Tânia, uma pessoa extremamente inteligente e que contou para nós um pouco das técnicas, aprendidas no Chile e usadas por ela, de tecer e criar modelos a partir do tear manual. Com ela também conhecemos as primeiras idéias defendidas por esta tribo que luta pela vida, paz e amor, que são: a defesa da vida em comunidade, a troca de pertences ao invés de pagamentos, a existência de cooperativa e a infelicidade a respeito da industrialização, que segundo ela eliminou certas tradições.

Além dela conhecemos um casal que nos explicou um pouco sobre a leitura do filtro dos sonhos, trazidos pelos Hippies dos índios norte-americanos sem um conhecimento sobre os seus reais significados. Para a tribo este símbolo trazia e representava uma forte fonte de energia, tendo como função filtrar estas energias para melhorar o lado emocional de cada indivíduo.

Acredita-se que enquanto dormimos, o único momento em que a nossa mente está "desligada", as energias são filtradas pelo uso do filtro dos sonhos perto na cabeceira da cama. Também aprendemos que as fontes trazem consigo quatro importantes elementos do mundo, sendo eles a madeira, o fogo, a água (que corrente transmuta grande quantidade de energia) e o ar.

Estética e História: Roma Antiga





  • Realismo X Idealismo;
  • Religião pagã;
  • Culto à deuses, astros e imperadores;
  • Pouca identidade estética;
  • Recombinação de formas;
  • Noção da realidade de forma extrema nas representações;
  • Não existe a idealização do Homem;
  • Estética que contempla momentos imediatos (guerras, conquistas);
  • Representação do Império a partir das imagens;
  • Deuses/Astros e estrelas estavam a favor deles;
  • Mulher como dona de casa (função) enquanto homem sai para batalha;

Beleza:

  • Homens e mulheres usavam dentes postiços;
  • Utilizavam produtos para tingimento (cinzas e sebo de carneiro) - desejo pelos cabelos loiros;
  • Uso de produtos venenosos para o clareamento da pele para diminuir o contraste entre pele e cabelo (tingidos);
  • No início a maquiagem era condenada, mais tarde, através de ervas, são criados tipos de maquiagens naturais;
  • Perfumes a base de azeite e gordura;
  • Tinham o hábito de tomar grandes quantidades de banhos;
  • Homens e mulheres utilizavam longas roupas e, eram diferenciados através dos acessórios;
  • Só deixavam o rosto a mostra e cobriam os cabelos;
  • Para a prática de esportes eram utilizadas peças semelhantes à biquinis.

Curiosidade:

  • Filósofos achavam que por serem sérios não precisavam de atitudes mundanas, como exemplo tomara banho.

17 maio 2010




Inspiração - Sugestão de origem transcendente ou psíquica, ou de qualquer obejeto que tem virtude genética sobre o artista para o excitar à produção e lhe orientar;

Idéia - Representação mental de uma coisa concreta ou abstrata;

Desenvolvimento - Passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais aperfeiçoado;

Criação - Produção, obra, invento;

As fotos são de uma saia em miniatura que foi originada das saias bases que eu postei a um tempinho no blog, ainda faltam as outras duas mas prometo que assim que estiverem finalizadas eu posto aqui.

Coloquei o significado destas palavras porque para fazer as sainhas passamos por um processo em que todas elas estão presentes, desde a inspiração até a confecção tudo feito para mais uma aula de Laboratório de Criação.

Ficou uma graça neh?!?!