15 janeiro 2011

Confecção Inspirada em Worth








Esse trabalho feito para Modelagem, em que desenvolvemos uma pequena coleção de vestidos inspirados em Worth (estilista do século XIX). Após esse processo de criação escolhemos o modelo acima para confeccionarmos em tamanho 38, chegando ao resultado apresentado nas imagens.
Para tornar a peça moderna, sem eliminar a inspiração no estilista, foram desenvolvidos recortes que rementem ao espartilho usado na época, além do detalhe em bordado muito utilizado por Worth em suas peças. Isso tudo em um vestido mais curto e com um fundo decote.

15 outubro 2010

File 2010: Festival Internacional de Linguagem Eletrônica

Desde 2000 o FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) traz em sua programação plataformas interdiciplinares que incentivam o desenvolvimento de projetos criativos inovadores na área das artes e tecnologia. Em sua 10ª Edição, ocorrida entre 27 de julho e 28 de agosto de 2010, trouxeram para a galeria de arte do SESI instalações interativas, jogos, maquinemas, trabalhos de internet, performances e workshops.
Fazendo um tour pela galeria nos deparamos com diversos setores interativos em que a tecnologia impressiona, mas não é de fácil manuseio. O que se torna desanimador, uma vez que é difícil entender a real utilizade de determinadas instalações. Era necessário traçar uma rota para que nenhuma atração ficasse para trás e para que as essenciais fossem descritas apesar de não serem cem por cento entendidas.
A preferência foi iniciar pelas instalações da sala principal, sendo a primeira delas a "Virtual Ground" uma lúdica atração em que jogadores tinham que controlar uma partícula de luz projetada em uma grade no chão. Interessante, porém difícil entender as regras e quantas pessoas poderiam participar do tecnológico jogo.
Dando continuidade nos setores interativos, passamos para a atração de audiovisual que explora a relação das pessoas com o espaço, conhecida como "Luzes Relacionais". Esta utiliza luz, som, neblina e um sistema de software criado para que os visitantes manipulem com sua presença através de seus movimentos.
Conhecendo mais a fundo as diferentes plataformas, visitamos rapidamente a parte de maquinemas, área que apresenta uma seleção de 40 trabalhos espalhados pelo espaço. Tendo contato com estes é possível percebermos dentro de nós diferentes sensações e sentimentos que permitem com que nos coloquemos no lugar dos personagens e com que observemos nas cenas momentos e situações que ocorrem ao nosso redor.
Para finalizar a descrição das atrações que mais chamaram nossa atenção, é fundamental citar as camas sensíveis aos movimentos. Em uma delas um espectador ficava deitado se movimentando o mais intensamente que pudesse, enquanto na do lado outra pessoa sentia os movimentos através das ondas que se formavam no colchão. Um atrativo interessante, divertido e dinâmico, que poderia passar uma tranquilidade ou uma enorme agitação e desconforto.
Este festival pode ser classificado e analisado como sendo uma arte contemporânea, uma vez que interroga e atribui diversos significados para as diferentes imagens e atrações que ocupam a galeria do prédio da FIESP em São Paulo. Afinal, o contemporâneo não busca só o novo, mas propõe o estranhamento ou questionamento das diferentes leituras de uma mesma obra ou imagem. Levando, através das tecnologias, a liberdade do artista para suas técnicas e sua arte, que diante dos avanços conhece e reconhece diversos instrumentos de experimentação a linguagem.
Com isso, é possível perceber e concluir que a tecnologia na arte é um ramo peculiar que determina o conhecimento teórico ou prático em relação aos diferentes tipos de linguagens. No FILE há uma junção desta tecnologia com a interatividade, observação e movimentação que resultam em conhecimento, diversão e grandes descobertas que nos deixam curiosos e interessados em nos aprofundar sobre as reais intenções e objetivos dos artistas na criação de seus projetos.

17 junho 2010

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/color-theory/
(link do editorial)


Visivelmente possível perceber que neste último editorial o que chama mais atenção são as alegres cores e da forma como o fotógrafo Thomas Cooksey e a editora de moda Kim Howells as utilizam e misturam. Levando em consideração essa característica marcante das fotos, e segundo a psicologia das cores, cada uma delas nos faz sentir e reagir de uma forma diferente, além de despertar e aguçar em nós diferentes sentidos e vontades.

Com base nas fotos e na teoria citada acima podemos analisar e perceber a predominância de cores como azul, amarelo, laranja, branco e rosa, quê significam quietude e tranqüilidade, qualidades otimistas e positivas, coragem e aventura, pureza e inocência e afeto com calmaria simultaneamente.

Além desta forte marca relacionada às cores, os modelos registrados nas imagens levam para as fotos as formas de comunicação não-verbal, sendo feitas através dos gestos, expressão facial, postura e ocupação do espaço. Aspectos estes que estão fortemente representados nas imagens e que ajudam a reforçar, substituir ou até mesmo anular as palavras como é o caso dos gestos.

Outro aspecto é o modo como um corpo ocupa um determinado lugar no espaço, estando ele em pé ou sentado ou até mesmo deitado, podendo significar diversas coisas. Nas fotos, os modelos vestidos com roupas listradas semelhantes a pijamas estão deitados e com as expressões faciais sonolentas e mais relaxadas, já nas demais imagens todos se encontram em pé e sentados em determinas poses.

Analisando mais a fundo e relacionando as cores com as expressões faciais, a impressão que se tem é que os modelos estão perdidos e ao mesmo tempo um pouco assustados com o excesso de cores fortes presentes em suas roupas geométricas, exemplificando o teórico das imagens, e em todo o cenário.

Para finalizar, nesse editorial existem as características como a tranqüilidade, pureza e coragem trazidas pelas cores fortes mais o branco juntamente com a teoria, que remete à lógica e ao raciocínio.

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/beautiful-garbage/
(link do editorial)


No editorial Beautiful Garbage possuem imagens referentes à moda punk com detalhes do homeless chic, que consiste na tendência high e low com sobreposições de texturas e um quê vintage, encarando um perfil desalinhado. Estas características dos “moradores de rua chiques” são adquiridas com o uso de estampas de jornais, jaquetas gastas e por atitudes, gestos e comunicações corporais desencanadas. Afinal agora a antimoda esta presente nas roupas engomadas que são consideradas cafonas, voltando com a idéia do humilde através do uso de jeans destroyed, blusas podrinhas e jaquetas detonadas.

Não é apenas dessa nova tendência que o editorial é feito, mas também da junção dela com a da tribo punk. Isso porque, nas fotos podemos perceber o uso de jaquetas, calças e blusas na cor preta, assim como os cortes de cabelo e as pinturas neles presentes. Além disso, há detalhamentos como alfinetes que representam fortemente a cultura punk.

Na imagem em que há um modelo segurando um cachorro, analisei como isto sendo um ruído, pois perturba e de certa forma mistura e confunde a mensagem que deseja ser passada. Devido à presença de um homem de expressão e postura bruta utilizando uma roupa associada ao movimento punk, segurando um animal meigo e aparentemente atordoado.

Sendo descrição denotativa o emprego de uma palavra ou imagem em seu sentido usual, esta está presente no editorial através das roupas utilizadas na tendência do homless chic como as jaquetas, casacos, calças gastas entre outras coisas. Já analisando de acordo com a conotação, quando uma palavra ou imagem adquire significado especial, que só pode ser esclarecido pelo contexto, as imagens representam a utilização dessas peças para mostrar algo mais desencanado e relaxado.

Com isso, é possível concluir que tanto o vídeo quanto as imagens passam uma vivência desencanada de uma juventude rebelde com vícios e que se utiliza do vestuário para mostrar sua forte e muitas vezes revoltada personalidade.

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/tight-knit/
(link do editorial)

O editorial Tight Knit mostra o desconforto ajustado das peças feitas em tricô, e o quanto elas marcam a silhueta de cada corpo. Para que isso possa ser percebido, houve uma preocupação em utilizar modelos nus para mostras o quanto o material e suas amarrações são justos e marcam o corpo e, através da expressão corporal dos modelos que esse material é desconfortável e incômodo.

Entre os recursos utilizados pelo fotógrafo Jeffrey Conhen e pela editora de moda Andreas Kokkino podemos destacar a excessiva união, “colação” dos modelos, que representa o quanto o tricô é justo ao corpo, como uma associação as relações interpessoais. Outro aspecto faz referência à moda, isso porque apesar do desconforto e das limitações trazidas pela malha ela é muito utilizada por estar na moda e ser uma forte tendência. Sendo assim é possível perceber que para estar na moda, o desconforto gerado é suportado.

Todas as peças presentes no editorial são confeccionadas em cores como preto, cinza, azul, branco e vermelho, misturadas entre as tramas do tecido, dando ao vestuário um toque moderno. Quanto à modelagem é possível perceber que as roupas, por serem bem justas e aderentes ao corpo, marcam muito as formas do mesmo.

Analisando de forma denotativa, ou seja, utilizando o significado original ou usual da palavra na língua, o tricô e as amarrações significam tecidos de malhas entrelaçadas. Já conotativamente estes entrelaces podem ser associados às relações vividas entre as pessoas, uma vez que essa classificação consiste na imagem que adquire um significado especial que só pode ser esclarecido pelo contexto.

Análise de Linguagem: Signos





O termo cross-over é dado a coisas que se misturam no caso das imagens apresentadas isso pode ser conhecido e nomeado como androgenia, que seria o fato de você olhar uma pessoa e não saber identificar o seu sexo, sendo um misto de masculino e feminino, que nada tem haver com a sexualidade. Essa classificação é mais adequada à imagem do blog The Sartoralist, em que o cabelo curto e peças da indumentária masculina são utilizadas por uma mulher, isso se tornando certeza através da presença do salto no sapato oxsford.
Nas imagens retiradas de revista podemos notar o uso de camisa, colete, gravata, boina, blazer, calça, meia e sapato retirados do guarda-roupa masculino ou adquiridos a partir de algum acessório desta indumentária. Mas não são apenas as roupas e adornos que podem ser considerados traços masculinos nas imagens, mas também a expressão corporal, composta pela posição das pernas e braços ao sentar, o jeito mais solto e desencanado retirados do comportamento dos homens.

Trazer esses aspectos a editoriais de moda tem a finalidade de mostrar que as novas tendências trarão acessórios e peças masculinas ao vestuário diário feminino, levando assim conforto ao guarda-roupa composto por diversas silhuetas justas. Por isso há uma preocupação em passar a idéia de mistura entre os sexos feminino e masculino.
Melhor exemplificando, os significantes das imagens são camisas, boinas, coletes, gravata, blazers, meias, calças e oxsford que levam como significado roupas e acessórios masculinos. Se é que hoje em dia podemos dizer que eles pertencem ao vestuário apenas dos homens, uma vez que, como já foi comentado, há uma mistura entre os sexos tonando muitas vezes difícil a diferenciação entre eles.
Com isso, é possível chegar à conclusão de que há uma preocupação com a mensagem a ser passada, dando valor a postura, comportamento, expressão corporal e vestimentas utilizadas tanto nos editoriais quanto no blog. Uma vez que a mensagem só produz o sentido da comunicação quando há uma organização dos elementos a serem passados.

Análise de Linguagem: Moda e Comunicação

Dentre os diversos significados dados a palavra comunicação, é importante ressaltarmos que esta consiste em um processo pelo qual idéias e sentimentos se transmitem de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social. No livro Moda e Comunicação de Malcolm Barnard podemos encontrar idéias que dizem respeito à moda como forma de se comunicar e expressar, uma vez que uma peça de roupa não é moda até que alguém a use para indicar sua posição social ideal ou real.

Para o autor do livro, a roupa por nós usada pode ter a finalidade de nos proteger do frio, expressamos nossas crenças culturais e políticas, de mostrarmos através das peças a nossa classe social e o comportamento que devem esperar de nós por pertencermos a determinados grupos, por seguirmos uma escolhida religião entre outras diversas formas. Afinal moda expressa uma identidade que revela o estilo de vida e status social do individuo.

A linguagem da roupa se dá pelo processo (comercial) ou pelo modelo semiótico (conceitual), sendo a primeira o “meio” pelo qual uma pessoa diz algo a outra através da indumentária e a segunda a respeito da negociação entre as partes envolvidas e seus conteúdos, podendo obter como exemplo a interação social através de mensagens entre o estilista – remetente – meio – receptores.

A semiótica, linguagem conceitual citada acima, compreende todas as investigações sobre a natureza dos signos, incluindo a comunicação e significação dada a partir do vestuário. Ela nos possibilita pensar no movimento que envolve as mensagens, para que seja possível compreender os procedimentos e recursos empregados nas imagens, palavras, sons e diagramas, permitindo que as mensagens sejam analisadas.

Existem diversas formas de avaliar estas mensagens, sendo nos aspectos quantitativos, sensoriais como, na linguagem visual, cores, formas, linhas, movimento, dinâmica, volume, entre outros.

Sendo assim, a maneira como a pessoa se veste é uma forma de se construir uma identidade, sendo a moda um símbolo que transfere significados e que articula possíveis igualdades e diferenças. A partir disso um estilo é construído, o que permite analisar que vestuário é uma forma de comunicação.

A moda é uma forma de comunicação não-verbal, que não se utiliza de palavras faladas ou escritas. Para se tornar tendência a roupa ou a coleção precisa se auto comunicar, ser difundida e interpretada, com a ajuda essencial da mídia para que haja uma comunicação social.

05 junho 2010

Fashion Rio Verão 2011: 360º Cidade em Movimento





Já estamos na metade da semana de moda carioca e, como de costume começamos postando alguns looks utilizados no terceiro dia de desfile marcado pelas grifes:
  • Cantão;
  • Tessuti;
  • Impressão;
  • Maria Bonita Extra;
  • Auslander;
  • Alessa.

Por ser um dia com duas grifes que eu gosto muito como a Cantão e a Maria Bonita Extra, postarei sobre duas coleções dessa vez e não só de uma como fiz nos outros dia.

Aguardem os próximos posts com duas marcas que marcaram o terceiro dia de desfile, levando as passarelas transparência com a Cantão e muito charme com a Maria Bonita Extra.

Fashion Rio Verão 2011: Redley












Para abrir o segundo dia de desfile no Píer Mauá, a Redley entra na passarela com uma coleção colorida, leve e com diversos detalhes. A grife que se inspirou na simplicidade utilizou tecidos tecnológicos e cores cítricas, focando em ótimos cortes e detalhamentos.
A marca de surfwear transforma peças simples esportivas em desejáveis para o guarda-roupa do futuro, contrastando materiais sintéticos com naturais como linho, sarja, seda, algodão e couro em diversas cores.
Uma curiosidade percebida é que nessa coleção as roupas não possuem costura, uma vez que esta foi construída com recortes selados, mesma técnica utilizada em uniformes náuticos.
Desfile excelentemente iniciado pela modelo Carol Trentini usando um short cáqui e um poderoso overcoat de vinil, que em seguinda foi utilizado mas em um modelo masculino.
Considerada clássica na moda esportiva, a Redley apresentou uma base em alfaiataria com estilo esportivo simples, conceitual e prático.
E aqui estão algumas fotos do resultado.
Excelente cartela de cores e de recortes nas peças, apresentando uma desfile marcante da grife para o Fashion Rio Verão 2011.

Fashion Rio Verão 2011: 360º Cidade em Movimento


Continuando o especial Fashion Rio, escolhi alguns looks usados para o segundo dia de desfile que foi marcado por grifes como Redley, Claudia Simões, Totem, Graça Ottoni e Lenny.
Diante das peças utilizadas nesse segundo dia, podemos perceber o uso de fortes tendências como a bermuda e camisa xadrez, meia-calça com short, estampa animal e a hearband. A útima considerada um grande acessório fashion do estilo Hippie Chic.