15 outubro 2010

File 2010: Festival Internacional de Linguagem Eletrônica

Desde 2000 o FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) traz em sua programação plataformas interdiciplinares que incentivam o desenvolvimento de projetos criativos inovadores na área das artes e tecnologia. Em sua 10ª Edição, ocorrida entre 27 de julho e 28 de agosto de 2010, trouxeram para a galeria de arte do SESI instalações interativas, jogos, maquinemas, trabalhos de internet, performances e workshops.
Fazendo um tour pela galeria nos deparamos com diversos setores interativos em que a tecnologia impressiona, mas não é de fácil manuseio. O que se torna desanimador, uma vez que é difícil entender a real utilizade de determinadas instalações. Era necessário traçar uma rota para que nenhuma atração ficasse para trás e para que as essenciais fossem descritas apesar de não serem cem por cento entendidas.
A preferência foi iniciar pelas instalações da sala principal, sendo a primeira delas a "Virtual Ground" uma lúdica atração em que jogadores tinham que controlar uma partícula de luz projetada em uma grade no chão. Interessante, porém difícil entender as regras e quantas pessoas poderiam participar do tecnológico jogo.
Dando continuidade nos setores interativos, passamos para a atração de audiovisual que explora a relação das pessoas com o espaço, conhecida como "Luzes Relacionais". Esta utiliza luz, som, neblina e um sistema de software criado para que os visitantes manipulem com sua presença através de seus movimentos.
Conhecendo mais a fundo as diferentes plataformas, visitamos rapidamente a parte de maquinemas, área que apresenta uma seleção de 40 trabalhos espalhados pelo espaço. Tendo contato com estes é possível percebermos dentro de nós diferentes sensações e sentimentos que permitem com que nos coloquemos no lugar dos personagens e com que observemos nas cenas momentos e situações que ocorrem ao nosso redor.
Para finalizar a descrição das atrações que mais chamaram nossa atenção, é fundamental citar as camas sensíveis aos movimentos. Em uma delas um espectador ficava deitado se movimentando o mais intensamente que pudesse, enquanto na do lado outra pessoa sentia os movimentos através das ondas que se formavam no colchão. Um atrativo interessante, divertido e dinâmico, que poderia passar uma tranquilidade ou uma enorme agitação e desconforto.
Este festival pode ser classificado e analisado como sendo uma arte contemporânea, uma vez que interroga e atribui diversos significados para as diferentes imagens e atrações que ocupam a galeria do prédio da FIESP em São Paulo. Afinal, o contemporâneo não busca só o novo, mas propõe o estranhamento ou questionamento das diferentes leituras de uma mesma obra ou imagem. Levando, através das tecnologias, a liberdade do artista para suas técnicas e sua arte, que diante dos avanços conhece e reconhece diversos instrumentos de experimentação a linguagem.
Com isso, é possível perceber e concluir que a tecnologia na arte é um ramo peculiar que determina o conhecimento teórico ou prático em relação aos diferentes tipos de linguagens. No FILE há uma junção desta tecnologia com a interatividade, observação e movimentação que resultam em conhecimento, diversão e grandes descobertas que nos deixam curiosos e interessados em nos aprofundar sobre as reais intenções e objetivos dos artistas na criação de seus projetos.

17 junho 2010

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/color-theory/
(link do editorial)


Visivelmente possível perceber que neste último editorial o que chama mais atenção são as alegres cores e da forma como o fotógrafo Thomas Cooksey e a editora de moda Kim Howells as utilizam e misturam. Levando em consideração essa característica marcante das fotos, e segundo a psicologia das cores, cada uma delas nos faz sentir e reagir de uma forma diferente, além de despertar e aguçar em nós diferentes sentidos e vontades.

Com base nas fotos e na teoria citada acima podemos analisar e perceber a predominância de cores como azul, amarelo, laranja, branco e rosa, quê significam quietude e tranqüilidade, qualidades otimistas e positivas, coragem e aventura, pureza e inocência e afeto com calmaria simultaneamente.

Além desta forte marca relacionada às cores, os modelos registrados nas imagens levam para as fotos as formas de comunicação não-verbal, sendo feitas através dos gestos, expressão facial, postura e ocupação do espaço. Aspectos estes que estão fortemente representados nas imagens e que ajudam a reforçar, substituir ou até mesmo anular as palavras como é o caso dos gestos.

Outro aspecto é o modo como um corpo ocupa um determinado lugar no espaço, estando ele em pé ou sentado ou até mesmo deitado, podendo significar diversas coisas. Nas fotos, os modelos vestidos com roupas listradas semelhantes a pijamas estão deitados e com as expressões faciais sonolentas e mais relaxadas, já nas demais imagens todos se encontram em pé e sentados em determinas poses.

Analisando mais a fundo e relacionando as cores com as expressões faciais, a impressão que se tem é que os modelos estão perdidos e ao mesmo tempo um pouco assustados com o excesso de cores fortes presentes em suas roupas geométricas, exemplificando o teórico das imagens, e em todo o cenário.

Para finalizar, nesse editorial existem as características como a tranqüilidade, pureza e coragem trazidas pelas cores fortes mais o branco juntamente com a teoria, que remete à lógica e ao raciocínio.

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/beautiful-garbage/
(link do editorial)


No editorial Beautiful Garbage possuem imagens referentes à moda punk com detalhes do homeless chic, que consiste na tendência high e low com sobreposições de texturas e um quê vintage, encarando um perfil desalinhado. Estas características dos “moradores de rua chiques” são adquiridas com o uso de estampas de jornais, jaquetas gastas e por atitudes, gestos e comunicações corporais desencanadas. Afinal agora a antimoda esta presente nas roupas engomadas que são consideradas cafonas, voltando com a idéia do humilde através do uso de jeans destroyed, blusas podrinhas e jaquetas detonadas.

Não é apenas dessa nova tendência que o editorial é feito, mas também da junção dela com a da tribo punk. Isso porque, nas fotos podemos perceber o uso de jaquetas, calças e blusas na cor preta, assim como os cortes de cabelo e as pinturas neles presentes. Além disso, há detalhamentos como alfinetes que representam fortemente a cultura punk.

Na imagem em que há um modelo segurando um cachorro, analisei como isto sendo um ruído, pois perturba e de certa forma mistura e confunde a mensagem que deseja ser passada. Devido à presença de um homem de expressão e postura bruta utilizando uma roupa associada ao movimento punk, segurando um animal meigo e aparentemente atordoado.

Sendo descrição denotativa o emprego de uma palavra ou imagem em seu sentido usual, esta está presente no editorial através das roupas utilizadas na tendência do homless chic como as jaquetas, casacos, calças gastas entre outras coisas. Já analisando de acordo com a conotação, quando uma palavra ou imagem adquire significado especial, que só pode ser esclarecido pelo contexto, as imagens representam a utilização dessas peças para mostrar algo mais desencanado e relaxado.

Com isso, é possível concluir que tanto o vídeo quanto as imagens passam uma vivência desencanada de uma juventude rebelde com vícios e que se utiliza do vestuário para mostrar sua forte e muitas vezes revoltada personalidade.

Análise de Linguagem: Signos

http://www.thecontributingeditor.com/2010/05/tight-knit/
(link do editorial)

O editorial Tight Knit mostra o desconforto ajustado das peças feitas em tricô, e o quanto elas marcam a silhueta de cada corpo. Para que isso possa ser percebido, houve uma preocupação em utilizar modelos nus para mostras o quanto o material e suas amarrações são justos e marcam o corpo e, através da expressão corporal dos modelos que esse material é desconfortável e incômodo.

Entre os recursos utilizados pelo fotógrafo Jeffrey Conhen e pela editora de moda Andreas Kokkino podemos destacar a excessiva união, “colação” dos modelos, que representa o quanto o tricô é justo ao corpo, como uma associação as relações interpessoais. Outro aspecto faz referência à moda, isso porque apesar do desconforto e das limitações trazidas pela malha ela é muito utilizada por estar na moda e ser uma forte tendência. Sendo assim é possível perceber que para estar na moda, o desconforto gerado é suportado.

Todas as peças presentes no editorial são confeccionadas em cores como preto, cinza, azul, branco e vermelho, misturadas entre as tramas do tecido, dando ao vestuário um toque moderno. Quanto à modelagem é possível perceber que as roupas, por serem bem justas e aderentes ao corpo, marcam muito as formas do mesmo.

Analisando de forma denotativa, ou seja, utilizando o significado original ou usual da palavra na língua, o tricô e as amarrações significam tecidos de malhas entrelaçadas. Já conotativamente estes entrelaces podem ser associados às relações vividas entre as pessoas, uma vez que essa classificação consiste na imagem que adquire um significado especial que só pode ser esclarecido pelo contexto.

Análise de Linguagem: Signos





O termo cross-over é dado a coisas que se misturam no caso das imagens apresentadas isso pode ser conhecido e nomeado como androgenia, que seria o fato de você olhar uma pessoa e não saber identificar o seu sexo, sendo um misto de masculino e feminino, que nada tem haver com a sexualidade. Essa classificação é mais adequada à imagem do blog The Sartoralist, em que o cabelo curto e peças da indumentária masculina são utilizadas por uma mulher, isso se tornando certeza através da presença do salto no sapato oxsford.
Nas imagens retiradas de revista podemos notar o uso de camisa, colete, gravata, boina, blazer, calça, meia e sapato retirados do guarda-roupa masculino ou adquiridos a partir de algum acessório desta indumentária. Mas não são apenas as roupas e adornos que podem ser considerados traços masculinos nas imagens, mas também a expressão corporal, composta pela posição das pernas e braços ao sentar, o jeito mais solto e desencanado retirados do comportamento dos homens.

Trazer esses aspectos a editoriais de moda tem a finalidade de mostrar que as novas tendências trarão acessórios e peças masculinas ao vestuário diário feminino, levando assim conforto ao guarda-roupa composto por diversas silhuetas justas. Por isso há uma preocupação em passar a idéia de mistura entre os sexos feminino e masculino.
Melhor exemplificando, os significantes das imagens são camisas, boinas, coletes, gravata, blazers, meias, calças e oxsford que levam como significado roupas e acessórios masculinos. Se é que hoje em dia podemos dizer que eles pertencem ao vestuário apenas dos homens, uma vez que, como já foi comentado, há uma mistura entre os sexos tonando muitas vezes difícil a diferenciação entre eles.
Com isso, é possível chegar à conclusão de que há uma preocupação com a mensagem a ser passada, dando valor a postura, comportamento, expressão corporal e vestimentas utilizadas tanto nos editoriais quanto no blog. Uma vez que a mensagem só produz o sentido da comunicação quando há uma organização dos elementos a serem passados.

Análise de Linguagem: Moda e Comunicação

Dentre os diversos significados dados a palavra comunicação, é importante ressaltarmos que esta consiste em um processo pelo qual idéias e sentimentos se transmitem de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social. No livro Moda e Comunicação de Malcolm Barnard podemos encontrar idéias que dizem respeito à moda como forma de se comunicar e expressar, uma vez que uma peça de roupa não é moda até que alguém a use para indicar sua posição social ideal ou real.

Para o autor do livro, a roupa por nós usada pode ter a finalidade de nos proteger do frio, expressamos nossas crenças culturais e políticas, de mostrarmos através das peças a nossa classe social e o comportamento que devem esperar de nós por pertencermos a determinados grupos, por seguirmos uma escolhida religião entre outras diversas formas. Afinal moda expressa uma identidade que revela o estilo de vida e status social do individuo.

A linguagem da roupa se dá pelo processo (comercial) ou pelo modelo semiótico (conceitual), sendo a primeira o “meio” pelo qual uma pessoa diz algo a outra através da indumentária e a segunda a respeito da negociação entre as partes envolvidas e seus conteúdos, podendo obter como exemplo a interação social através de mensagens entre o estilista – remetente – meio – receptores.

A semiótica, linguagem conceitual citada acima, compreende todas as investigações sobre a natureza dos signos, incluindo a comunicação e significação dada a partir do vestuário. Ela nos possibilita pensar no movimento que envolve as mensagens, para que seja possível compreender os procedimentos e recursos empregados nas imagens, palavras, sons e diagramas, permitindo que as mensagens sejam analisadas.

Existem diversas formas de avaliar estas mensagens, sendo nos aspectos quantitativos, sensoriais como, na linguagem visual, cores, formas, linhas, movimento, dinâmica, volume, entre outros.

Sendo assim, a maneira como a pessoa se veste é uma forma de se construir uma identidade, sendo a moda um símbolo que transfere significados e que articula possíveis igualdades e diferenças. A partir disso um estilo é construído, o que permite analisar que vestuário é uma forma de comunicação.

A moda é uma forma de comunicação não-verbal, que não se utiliza de palavras faladas ou escritas. Para se tornar tendência a roupa ou a coleção precisa se auto comunicar, ser difundida e interpretada, com a ajuda essencial da mídia para que haja uma comunicação social.

05 junho 2010

Fashion Rio Verão 2011: 360º Cidade em Movimento





Já estamos na metade da semana de moda carioca e, como de costume começamos postando alguns looks utilizados no terceiro dia de desfile marcado pelas grifes:
  • Cantão;
  • Tessuti;
  • Impressão;
  • Maria Bonita Extra;
  • Auslander;
  • Alessa.

Por ser um dia com duas grifes que eu gosto muito como a Cantão e a Maria Bonita Extra, postarei sobre duas coleções dessa vez e não só de uma como fiz nos outros dia.

Aguardem os próximos posts com duas marcas que marcaram o terceiro dia de desfile, levando as passarelas transparência com a Cantão e muito charme com a Maria Bonita Extra.

Fashion Rio Verão 2011: Redley












Para abrir o segundo dia de desfile no Píer Mauá, a Redley entra na passarela com uma coleção colorida, leve e com diversos detalhes. A grife que se inspirou na simplicidade utilizou tecidos tecnológicos e cores cítricas, focando em ótimos cortes e detalhamentos.
A marca de surfwear transforma peças simples esportivas em desejáveis para o guarda-roupa do futuro, contrastando materiais sintéticos com naturais como linho, sarja, seda, algodão e couro em diversas cores.
Uma curiosidade percebida é que nessa coleção as roupas não possuem costura, uma vez que esta foi construída com recortes selados, mesma técnica utilizada em uniformes náuticos.
Desfile excelentemente iniciado pela modelo Carol Trentini usando um short cáqui e um poderoso overcoat de vinil, que em seguinda foi utilizado mas em um modelo masculino.
Considerada clássica na moda esportiva, a Redley apresentou uma base em alfaiataria com estilo esportivo simples, conceitual e prático.
E aqui estão algumas fotos do resultado.
Excelente cartela de cores e de recortes nas peças, apresentando uma desfile marcante da grife para o Fashion Rio Verão 2011.

Fashion Rio Verão 2011: 360º Cidade em Movimento


Continuando o especial Fashion Rio, escolhi alguns looks usados para o segundo dia de desfile que foi marcado por grifes como Redley, Claudia Simões, Totem, Graça Ottoni e Lenny.
Diante das peças utilizadas nesse segundo dia, podemos perceber o uso de fortes tendências como a bermuda e camisa xadrez, meia-calça com short, estampa animal e a hearband. A útima considerada um grande acessório fashion do estilo Hippie Chic.

04 junho 2010

Fashion Rio Verão 2011: Acquastudio







Para fechar o primeiro dia de desfile, a grife Acquastudios que tem como foco vestidos de festa, levou as passarelas desenhos tridimencionais e cores vibrantes misturadas com tons mais apagados.
Como caracteristica de Esther Bauman, a coleção para o verão 2011 da grife possui referências arquitetônicas, abusando de drapeados, casulo e muita assimetria. As camadas, chegam sobrepostas, obtendo como resultado diversos efeitos visuais.
Os diversos drapeados e babados combinados de forma repetitiva, assumiram ares dramáticos em grandiosas peças que reestruturaram o perfil corporal das modelos.
Os tecidos escolhidos para a confecção das peças eram muito pesados, o que tornou as roupas carregadas demais para a estação do ano em destaque.

Fashion Rio Verão 2011: 360º Cidade em Movimento





A semana de moda carioca acorreu do dia 27 de maio ao dia 1º de junho. Entre os destaques da programação estão Lenny, Salinas, Luiza Bonadiman, Redley, Maria Bonita Extra e Cantão.
Para começar a leva de posts sobre a semana de moda do Rio de Janeiro, selecionei alguns looks interessantes usados no primeiro dia de desfile marcado pelas seguintes marcas:
  • Walter Rodrigues;
  • Nica Kessler;
  • Mara Mac;
  • Salinas;
  • Groove;
  • Acquastudios.



02 junho 2010

Bonecas da Moda











Essas imagens são do trabalho Bonecas da Moda feito para a aula de História da Indumentária.
A proposta consistia em fazermos de uma a três bonecas vestidas com roupas modernas tendo nelas referências do Egito, Grécia, Roma Antiga, Séc. XVI/XVII e XVIII.
Na primeira boneca possui caracteristicas do século XVI e XVIII. Estas podem ser percebidas no acinturamento da roupa, no uso do laço (séc. XVIII) e na valorização da parte superior do corpo, muito presente em imagens do século XVI.
Já na segunda o uso de pedrarias na parte do quadril e na barra do vestido foram obtidas a partir de referências egípcias. Além desse aspecto, podemos notar na manga soltinha e afunilada no punho uma característica do século XVII e o leve drapeado próximo as pedrarias laterais foi inspirado nas peças gregas, que tinha esse detalhamento como algo marcante no vestuário.

28 maio 2010

A Costura do Invisível











O evento de moda A Costura do Invisível criado pelo estilista Jum Nakao foi um trabalho que propôs uma jornada rumo ao processo criativo da coleção. Através de sons e imagens os criadores traziam à tona uma inquietação que levava os espectadores ao profundo interesse de desvendar aquilo que não se era só visto, mas também sentido.
No ano de 2004, na presença de cerca de 1200 pessoas, o estilista de forma impactante chocou o público ao realizar uma performance ousada. Isso porque no fim do desfile as modelos rasgavam as elaboradas roupas confeccionadas em papel vegetal, fazendo com que aqueles que o acompanhavam tivessem um sentimento de perda e melancolia.
Com imagens associadas a fadas Playmobil e a transparência dos papeis rendados, o aspecto artesanal deu as peças fragilidade em suas formas, gerando um equilíbrio entre o sonho e a realidade e entre o conceitual e comercial. Mas afinal como o criativo sobrevive em um mercado capitalista? Capitalismo X Criatividade o que deve prevalecer?
Para Jum, segundo o mostrado no making off do desfile não se deve ordenar o "caos", mas deve-se entrar dentro dele e de forma original e diferenciada, transformando o simples em algo inovador. Uma vez que o produto, conceito, a forma e o mercado determinam o poder da peça.
Desde a pesquisa até o acabamento das peças, o projeto e sua confecção durou cerca de 700 horas, e teve seu fim com a ação impactante das modelos rasgando as roupas. Durante o estudo do material que seria utilizado como matéria prima, Jum através do detalhamento, da cor, volume e forma criou importantes diferenciadores em sua coleção seguindo referências estéticas do final do século XIX.
Esse evento, muito comentado no ano, tinha como proposta apresentar roupas que fossem desejadas para que ao final, quando estas eram desfeitas houvesse uma representação do caos, gerando uma série de dúvidas e perguntas sem respostas.
A maquiagem das modelos tinha um único destaque para a boca e sobrancelhas que, pintadas de preto passavam um olhar de conto de fadas, distante o que deixava a identidade delas esquecidas. Isso tornava claro que o importante no meio de tudo aquilo era o conceito.
O cenário imaginado por Nakao tinha como idéia colocar anêmonas de papel que reagiam com a luz negra e outras luzes. Já a trilha sonora conduzia os olhares, fornecendo diferentes dignificados e sentimentos do momento, tornando através de um rock karaokê, colocado ao final, uma idéia de manipulação da realidade.
Com isso, pode-se concluir que a produção de moda pensada e organizada por Jum foi original e impactante, fazendo um paralelo entre o real e o sonho. Isso aflorou diversos sentimentos naqueles que assistiam ao evento, desde melancolia até exaltação.

25 maio 2010

A influência da mídia na construção da linguagem de moda.





A mídia, usada para designar os principais veículos de um determinado sistema de comunicação social é geralmente conotada como pejorativa, isso porque, alega-se que esta é geralmente uma má influência exercida por empresas de comunicação.
Constantemente em crescimento, a importância da mídia influencia a vida de todos, mas principalmente dos jovens, que querem estar sempre na moda e sempre em forma para agradar uma maioria e consequentemente ser aceito em um grupo. Parece que, para ele se sentir incluído, precisa ter certo poder aquisitivo para consumir, para que percebam sua existência e para que te dêem algum valor.
Por ter um grande poder de influência, esse meio de comunicação social não impulsiona os jovens para os valores dignos, pois se estes tomassem consciência do quanto são manipulados não teriam, para o mercado, consumidores de seus produtos anunciados de diversas formas nestes meios de comunicação.
Em um momento que a sociedade diz existir a liberdade de escolha, a mídia manipula e influência a mente dos jovens para que usem e comprem determinados produtos, denso eles muito mais caros e totalmente desnecessários.
No filme Funny Face podemos perceber a influência que a mídia exerce na construção da linguagem de moda, através de uma das publicações da revista de moda em que a importante editora representada pela atriz Kay Thompson resolve fazer uma publicação exclusiva para o uso de rosa de todas as formas e em todas as peças e acessórios. Essa edição influência a sociedade e dias depois todos estão usando a cor proposta pela revista.
Isso ocorre até o próximo mês, uma vez que novas tendências e estilos sairão na mesma revista e os que anteriormente usaram rosa agora usarão o que na revista estiver como tendência atual a ser seguida.
Com o passar do tempo a mídia influência mais a forma de se comportar e de se vestir das pessoas. Para que se sintam bem e dentro dos padrões impostos pela sociedade os indivíduos tendem a cada dia usar e seguir mais a moda de acordo com o divulgado na mídia, muitas vezes não levando em consideração o que lhe agrada mais e o que lhe cai melhor no corpo.

21 maio 2010

Hippie/Boho Chic








Para dar um ar "sou chique, mas desencanada" o rústico ganha sofisticação e brilho com bordados em acessórios, sais longas,vestidões confortáveis e lenços. A tendência Hippie voltou à moda para o Verão 2009 com força e reconhecimento de um estilo considerado e nomeado como Hippie Chic.

Hoje uma versão conhecido como mais atual desse estilo é o Boho, mistura de características hippies, grunges, folks, étnicas e vintages. Sobreposições, conforto e custumização são fatores que devem ser levados em consideração ao produzir um modelo baseado nessa tendência, que garante originalidade em visuais únicos.

Para compor uma produção Boho são necessárias peças como batas, estampas florais, saias longas, vestidos longos, franjas, coletes jeans, bota cowboy, maxi bolsas, camurça, babados, estampas tie-dye, manga morcego, túnicas e as camisetas longas conhecidas como log tees. Mas para realçar ainda mais estes itens, colares, chapéus, lenços, óculos, pulseiras e cintos aumentam ainda mais o clima boêmio importante na produção.
Segundo o lema das Bohemians originais, se vista de acordo com o seu estilo sem se preocupar em agradar alguém. Seja ousado e busque peças antigas que possam valorizar roupas básicas, para compor uma releitura da influente liberdade do estilo hippie, agora conhecido como Boho Chic que ganha espaço na moda das passarelas e ruas.

18 maio 2010

I.Tribos Urbanas: Hippies








Há uns dois meses estamos fazendo um trabalho para a aula de sociologia sobre a tribo dos Hippies e como esta está presente na cidade de São Paulo. Para começarmos a pesquisa e descobrirmos um pouco sobre a ideologia e as crenças existentes em volta desta tribo, resolvemos fazer uma pesquisa de campo em lugar frequentado por parte deles, a praça Benedito Calixto.

Na praça conhecemos Tânia, uma pessoa extremamente inteligente e que contou para nós um pouco das técnicas, aprendidas no Chile e usadas por ela, de tecer e criar modelos a partir do tear manual. Com ela também conhecemos as primeiras idéias defendidas por esta tribo que luta pela vida, paz e amor, que são: a defesa da vida em comunidade, a troca de pertences ao invés de pagamentos, a existência de cooperativa e a infelicidade a respeito da industrialização, que segundo ela eliminou certas tradições.

Além dela conhecemos um casal que nos explicou um pouco sobre a leitura do filtro dos sonhos, trazidos pelos Hippies dos índios norte-americanos sem um conhecimento sobre os seus reais significados. Para a tribo este símbolo trazia e representava uma forte fonte de energia, tendo como função filtrar estas energias para melhorar o lado emocional de cada indivíduo.

Acredita-se que enquanto dormimos, o único momento em que a nossa mente está "desligada", as energias são filtradas pelo uso do filtro dos sonhos perto na cabeceira da cama. Também aprendemos que as fontes trazem consigo quatro importantes elementos do mundo, sendo eles a madeira, o fogo, a água (que corrente transmuta grande quantidade de energia) e o ar.

Estética e História: Roma Antiga





  • Realismo X Idealismo;
  • Religião pagã;
  • Culto à deuses, astros e imperadores;
  • Pouca identidade estética;
  • Recombinação de formas;
  • Noção da realidade de forma extrema nas representações;
  • Não existe a idealização do Homem;
  • Estética que contempla momentos imediatos (guerras, conquistas);
  • Representação do Império a partir das imagens;
  • Deuses/Astros e estrelas estavam a favor deles;
  • Mulher como dona de casa (função) enquanto homem sai para batalha;

Beleza:

  • Homens e mulheres usavam dentes postiços;
  • Utilizavam produtos para tingimento (cinzas e sebo de carneiro) - desejo pelos cabelos loiros;
  • Uso de produtos venenosos para o clareamento da pele para diminuir o contraste entre pele e cabelo (tingidos);
  • No início a maquiagem era condenada, mais tarde, através de ervas, são criados tipos de maquiagens naturais;
  • Perfumes a base de azeite e gordura;
  • Tinham o hábito de tomar grandes quantidades de banhos;
  • Homens e mulheres utilizavam longas roupas e, eram diferenciados através dos acessórios;
  • Só deixavam o rosto a mostra e cobriam os cabelos;
  • Para a prática de esportes eram utilizadas peças semelhantes à biquinis.

Curiosidade:

  • Filósofos achavam que por serem sérios não precisavam de atitudes mundanas, como exemplo tomara banho.

17 maio 2010




Inspiração - Sugestão de origem transcendente ou psíquica, ou de qualquer obejeto que tem virtude genética sobre o artista para o excitar à produção e lhe orientar;

Idéia - Representação mental de uma coisa concreta ou abstrata;

Desenvolvimento - Passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais aperfeiçoado;

Criação - Produção, obra, invento;

As fotos são de uma saia em miniatura que foi originada das saias bases que eu postei a um tempinho no blog, ainda faltam as outras duas mas prometo que assim que estiverem finalizadas eu posto aqui.

Coloquei o significado destas palavras porque para fazer as sainhas passamos por um processo em que todas elas estão presentes, desde a inspiração até a confecção tudo feito para mais uma aula de Laboratório de Criação.

Ficou uma graça neh?!?!

17 abril 2010

Estética e História: Grécia Antiga






  • Deus criador de tudo (monoteísta);
  • Noção de Ordem trazida para o homem -> primeiras leis, justiça/injustiça, noção de belo e feio;
  • As leis dos deuses não bastavam;
  • Questões sobre religião, eternidade, beleza, equilíbrio e durabilidade surgem -> essa dúvidas demonstravam o amor pela sabedoria;
  • Relação entre a arte e sabedoria;
  • Não queriam atingir a eternidade e sim que a eternidade e os deuses se materializassem;
  • Característica estética fundamental: movimento;
  • Mulher (deusas) como equilíbrio das tensões -> sustentação;

Estética e História: Egito




As representações egípcias estão repletas de significados que descrevem situações, caracterizam figuras e níveis hierárquicos. A simplificação da arte e a clarificação da mensagem, transmitem um sentido de ordem e raciocínio extremamente importantes.
Através de linhas simples, estruturações de espaços e níveis retilíneos a harmonia e o equilíbrio são mantidos nas obras, o que atribui a elas significados próprios.
A hierarquia social, nas representações, são atribuidas de diferentes tamanhos às diferentes personagens, de acordo com sua importância. Podendo destacar o faraó, que sempre será representado em espaços arquitetônicos monumentais. Com isso pode-se perceber que não é a noção de perspectiva que determina a dimenção e sim o poder e a importância.
  • 4000 anos com o mesmo fundamento religioso - além da materialidade humana;
  • Religião como necessidade existencial (sentimento) - noção de eternidade (fundamentação);
  • Se ligavam aos deuses através de imagens (arquitetura, pintura e esultura);
  • Forma das piramides - sentimento de: equilíbrio, poder, temor, grandeza ( hierarquia), ideal de beleza, durabilidade, eternidade; tendo: simetria, geometria, verticalidade;
  • Ordem -> Progresso (espiritual) - rumo a eternidade;
  • Roupa = hierarquia social (mais pobres usavam menos roupas);
  • Usavam pouca fibra animal (considerada impura);
  • Por excesso de higiene homens raspavam a cabeça;
  • Possuiam quatro tipos de linho: real (utilizado em enterros da nobreza); fino (utilizado pelos mais ricos); fino liso e alisados ( mais grosseiros e por isso eram usados pela camada trabalhadora e como cobertor);
  • Mulher sempre representada menor que o homem, uma vez que era considerada em posição inferior.

- universo ordenado;

  • Significados: - Cobra = Sabedoria;

- Leão = Força;

- Passaro = equilíbrio, assimetria;

  • Lei da frontalidade: Regras.